
Rebeca, de 8 anos, aguardava com ansiedade o pai voltar da viagem de trabalho no cais do Arsenal de Marinha, na Praça Mauá. Filha do Capitã-Tenente Malafaia, ela era uma das cerca de mil pessoas que foram ao Primeiro Distrito Naval, neste sábado (25), para acompanhar a chegada do Porta-Helicópteros Multipropósito Atlântico.
A maioria do público era formada por familiares dos 303 militares a bordo da embarcação há mais de cinco meses, aprendendo a operar o porta-helicópteros, que partiu da Inglaterra no início do mês. “A chegada desse navio representa uma garantia de tranquilidade para uma parte do mundo, particularmente para o Atlântico”, disse o ministro da Defesa, Joaquim Silva e Luna.
Uso para missões de paz
“Ataque contínuo e agressivo” é o lema do navio, com quase 204 metros de comprimento e 22 mil toneladas, que foi adquirido pela Marinha brasileira junto à britânica e será o principal da esquadra brasileira. O novo navio da Capitania da Esquadra pode realizar o controle das águas marítimas e possui o poder de projeção de poder sobre terra e ar.
De seu convoo, com 203 metros de comprimento, o PHM Atlântico é capaz de operar com até sete aeronaves de asa rotativa simultaneamente e transportar até 12 em seu hangar, com capacidade de transporte de 500 a 800 fuzileiros navais. O porta-helicópteros pode realizar missões estratégicas de apoio logístico, de caráter humanitário e atuar em missões de paz.
“Por dispor de considerável capacidade de suporte hospitalar, visando a apoiar uma Força Naval em operações de guerra naval, é apropriado, também, para missões de caráter humanitário, auxílio a vítimas de desastres naturais, de evacuação de pessoal e operações de manutenção de paz, além de poder ser empregado em missões estratégicas logísticas, transportando militares, munições e equipamentos”, explica a Marinha, em seu site.
Chegada com desfile naval e salva de tiros
Na chegada foi realizado um desfile naval pela orla da cidade, com direito a salva de tiros. Antes de atracar no Porto do Rio, o PHM Atlântico recebeu a visita de autoridades, além de almirantes da ativa e da reserva, que chegaram à embarcação em helicópteros pela manhã. Veja nesta reportagem da Marinha Brasileira como foi a chegada no Rio:
“Durante esse período de recebimento nós tivemos a oportunidade de conviver com os militares da Real Navy (marinha britânica), os antigos tripulantes do navio, e em todo esse período eles nos colocaram a par de tudo o que fizeram ao longo desses 20 anos de operação do navio”, explicou o capitão de Mar e Guerra Giovani Correa, comandante do Atlântico.
“Foi muito gratificante fazer o recebimento deste navio na Inglaterra. Foi uma missão cumprida brilhantemente por todos os tripulantes. E estar regressando agora para o Porto do Rio de Janeiro e rever nossos familiares é aquele momento que a gente esperava em quase seis meses de comissão”, afirmou o suboficial Romeu, mestre do PHM.
Fonte: Estadão Conteúdo e Marinha do Brasil com Redação