Na Semana Nacional Contra a Violência à Mulher, Dirk Augustin, Cônsul-Geral da Alemanha no Rio de Janeiro, inaugura nesta sexta-feira um mural que homenageia grandes personalidades femininas do Brasil e do país europeu. Com assinatura da artista niteroiense Dolores Esos, o painel, instalado em frente à Rio Star, no Boulevard Olímpico, tem grafittis com os rostos de mulheres que fizeram história nos dois países.

O evento terá apresentações de skate, dança e performance do Slam da Minas, coletivo artístico que organiza batalhas de rap e rimas e dá visibilidade a mulheres [héteras, lésbicas, bis, ou trans] e pessoas queer, agender, não bináries e homens trans. Está prevista ainda a participação de jovens da Casa Amarela da Providência e do Coletivo Mulheres Independentes da Providência (MIP).
O projeto é uma iniciativa do governo alemão em parceria com o coletivo VisionArtz. A iniciativa tem o apoio da Companhia de Desenvolvimento da Região do Porto do RJ (CDURP) e da Prefeitura do Rio.
Conheça as obras e saiba quem são as mulheres homenageadas
Ruth de Souza: Primeira-dama negra do teatro, cinema e da televisão no Brasil.

Marlene Dietrich: Atriz mundialmente conhecida pela sua atuação no filme “Anjo Azul”, teve reconhecida colaboração humanitária na Segunda Guerra Mundial, quando lutou contra o nazismo.
(Foto: Beatriz Gimenes)
Almerinda Farias Gama: Pioneira do movimento feminista e do sindicalismo brasileiro nos anos 30.
(Foto: Beatriz Gimenes)
Sophie Scholl: Ferrenha adversária do Terceiro Reich, liderou o movimento antinazista Rosa Branca. Sophie foi presa e condenada à morte em 1943.
(Foto: Beatriz Gimenes)
Tereza de Benguela: Escrava fugitiva, por décadas liderou o quilombo do Piolho, na fronteira entre Mato Grosso e Bolívia. Foi assassinada por soldados da Coroa Portuguesa.
(Foto: Beatriz Gimenes)
Em uma iniciativa que celebra ícones alemãs e brasileiras, estranha-se a ausência de Olga Benário. Militante comunista, a alemã Olga foi casada com Luís Carlos Prestes, uma das principais lideranças políticas do Brasil do Século XX. Judia, foi presa pela polícia política do governo Vargas e deportada, grávida, para a Alemanha. Morreu na câmera de gás de um campo de concentração nazista.