O valor médio do m² para venda de imóveis residenciais no Rio teve ligeiro aumento de 6,6% em 2021 em relação ao ano anterior, o primeiro da pandemia, que registrou queda de 0,9%. Começou o ano com preço médio de R$ 8.655 e fechou dezembro valendo R$ 9.203,00. Esse foi um dos dados apresentados durante o evento “Panorama do Mercado Imobiliário Rio de Janeiro 2021”, organizado pelo Secovi Rio no Auditório da Fecomércio RJ.
Outro número relevante foi o de oferta de imóveis residências disponíveis para a venda. O Rio fechou o ano com um total de 109.973 unidades residenciais disponíveis, aumento de 25,2% em relação ao último mês de 2020. Desse total, 2.689 unidades foram do Porto e Centro. Parece pouco quando comparado a regiões como Zona Oeste e Sul. Mas é o melhor resultado em anos para uma área que por muito tempo ficou fora do radar do poder público e do mercado imobiliário.
O bom resultado se deve a iniciativas como o “Reviver Centro”, programa da Prefeitura que concede incentivos fiscais para empreendimentos residenciais na região e aos novos empreendimentos do Porto como o Rio Wonder e o Rio Energy, da construtora Cury. Para Leonardo Schneider, vice-presidente do Secovi Rio, o renascimento do Centro e Porto mostram o quanto uma ação do poder público pode transformaram uma região. “Esses números são a prova cabal de como o gestor público pode atuar para beneficiar uma região. O Reviver Centro criou uma nova realidade naquela área. São 17 licenciamentos aprovados até agora. Não tenho dúvida que o Centro será cada vez mais representativo no mercado imobiliário do Rio”, disse Schneider.
Rio muito atrás de São Paulo
O entusiasmo com o Centro e Porto é compartilhado por Cláudio Hermolin, presidente do Sinduscon-Rio. Para ele, a região é o lugar mais completo e bem-estruturado da cidade para se viver. “Costumo brincar que aqui do Centro o único lugar que você não consegue chegar é na Lua. Não fazia sentido que uma região que tem aeroporto, metrô, VLT e toda uma estrutura de lazer, serviços e entretenimento estivesse sendo desperdiçada. Felizmente estamos mudando essa realidade”, completou.
Apesar da leve reação do mercado, os números mostram o quanto o Rio ainda está atrás de outros mercados como São Paulo. O VGV (Valor Geral de Vendas) na cidade em 2021 atingiu a casa dos R$ 7 bilhões. Nos anos de ouro pré-Copa e Olímpiada, esse número foi de R$ 12 bilhões. Em 2021, a capital do estado vizinho bateu seu recorde de vendas chegando à marca de R$ 32 bilhões.
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