Diário do Porto

Maricá quer ervas medicinais no sistema de saúde

curso de ervas medicinais em Maricá

Maricá quer desenvolver a produção de ervas medicinais e produtos fitoterápicos (foto: Prefeitura de Maricá / Leonardo Fonseca)

A Prefeitura de Maricá está desenvolvendo um projeto para a produção e uso de plantas medicinais e produtos fitoterápicos, por meio da Farmacopeia Mari’ká. A iniciativa é uma parceria entre a Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar), por meio da Biotec, e a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).

Para difundir o conhecimento sobre a área, a Farmacopeia já realizou um curso para profissionais de saúde que atendem o Sistema Único de Saúde (SUS) de Maricá. “A ideia do projeto, além de desenvolver uma gama de produtos fitoterápicos, é trazer capacitação para os profissionais de saúde e integrar essas práticas na saúde do município”, diz Fernanda Garcia, superintendente da Biotec e gestora da Farmacopeia.

Ela acrescenta que algumas unidades de saúde de Maricá já realizam cultivo de  plantas medicinais. “Nossa intenção é que eles aprendam a como passar isso futuramente para seus pacientes no tratamento de algumas doenças como insônia e ansiedade.”

A farmacêutica Andrea Gomes, que participou do curso, diz que foram apresentadas várias formas de produtos farmacêuticos que podem ser feitos em casa, como chá, gargarejo, xarope, pomada e shampoo com ingredientes vegetais. “Entre os produtos temos também pomadas cicatrizantes que têm como ingredientes óleo de andiroba e copaíba. Fazem parte da biodiversidade da Amazônia e têm uma efetividade muito boa”, afirma.

Maricá vai ter chás medicinais em unidades de saúde

Uma das iniciativas da Farmacopeia é disponibilizar chás medicinais em unidades de saúde da cidade com ações digestivas, calmantes, expectorante, anti-inflamatório e diuréticos. Entre eles, os de erva cidreira, espinheira santa, capim limão, hortelã, gengibre, guaco, hibisco e unha de gato.

“Queremos sensibilizar e incentivar os profissionais a prestarem atenção nessas plantas, já que teremos produção na cidade”, explica Magda Medeiros, professora da UFRRJ e coordenadora de uma das metas do projeto.


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