Diário do Porto

Maricá desenvolve Farmácia Viva, com plantas medicinais

Maricá projeto Famárcia Viva

Maricá disponibiliza plantas medicinais para a população, no projeto Farmácia Viva (foto: Prefeitura de Maricá / Leonardo Fonseca)

Maricá está comemorando o primeiro mês de funcionamento do projeto Farmácia Viva, desenvolvido pela Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar). A farmácia, que fornece plantas medicinais para a população, está localizada na fazenda Nossa Senhora do Amparo, no bairro do Caju.

A iniciativa é uma parceria da Codemar, empresa da Prefeitura de Maricá, com a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). O objetivo é desenvolver o cultivo de plantas com propriedades medicinais, para transformá-las em chás, óleos, essências e outros produtos naturais.

A ação compõe o Farmacopeia Mari’ká, projeto de pesquisas para criar condições tecnológicas e seguras para o uso das plantas medicinais, com acesso ao Sistema Único de Saúde (SUS), de Maricá. João Araújo, engenheiro agrônomo e superintendente do projeto, destaca a importância de desenvolver a iniciativa em Maricá.

“Este é um projeto amplo, de produção de plantas medicinais voltadas para produção de produtos para integrar na saúde dos munícipes. A partir da articulação com a Secretaria de Saúde, nós iremos disponibilizar fitoterápicos, xaropes, e repelentes para uso e distribuição para a população”, afirma Araújo.

Maricá quer atrair indústria farmacêutica

Ricardo Berbara, professor da UFRRJ e atualmente coordenador geral do projeto Farmacopeia Mari’ká, explica que a parceria da Universidade com Maricá, será fundamental para geração de empregos e melhoria da saúde do município. “Esta é uma iniciativa que visa estimular a produção de produtos de origem vegetal que tenham destino a rede SUS da cidade, através dos fitoterápicos, além de permitir que empresas se aloquem aqui na região, gerando empregos baseados na criação de produtos que terão fins terapêuticos”, destacou o professor.

O projeto Farmácia Viva também visa o desenvolvimento de um novo negócio na cidade, a produção fármacos, que são ingredientes ativos para a indústria farmacêutica. Entre as plantas que estão sendo cultivadas, estão hortelã, aroeira, arruda, alecrim, boldo, camomila, capim-limão, linhaça, lavanda, cardo mariano, palma rosa, bardana, tomilho, erva cidreira, erva baleeira e manjericão.

A fazenda Nossa Senhora do Amparo, que tem área de 200 hectares (equivalente a 2 milhões de m2), atua na conservação da biodiversidade e abriga diversos projetos em desenvolvimento. Para produzir plantas medicinais, o cultivo precisa ser totalmente orgânico, sem uso de agrotóxicos e outras substâncias contaminantes.


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