Um Duque de Caxias sanguinário, muitas caveiras manchadas com sangue para simbolizar a matança de índios, escravos e mulheres, correntes para lembrar a vergonha da escravidão. Foi assim que a Estação Primeira de Mangueira do carnavalesco Leandro Vieira fez, na madrugada desta segunda-feira de Carnaval, uma das apresentações mais politizadas da história do Sambódromo. A escola ganhou o Estandarte de Ouro, do jornal “O Globo”, e o Tamborim de Ouro, de O DIA, dois dos principais prêmios do Carnaval carioca.
A agremiação levou ainda os prêmios de melhor porta-bandeira, para Squel Jorgea, e de melhor samba-enredo, para a canção “História pra ninar gente grande”, que levou parte do público às lágrimas. Os autores do samba são Deivid Domênico, Tomaz Miranda, Mama, Marcio Bola, Ronie Oliveira e Danilo Firmino.
A vereadora Marielle Franco, assassinada em 14 de março do ano passado, esteve entre os heróis homenageados. Outros personagens deram alta carga histórica ao desfile, como Luisa Mahin, Esperança Garcia e Chico da Matilde. A escola arrancou gritos de “é campeã” na Praça da Apoteose.
O DIÁRIO DO PORTO flagrou alguns detalhes do desfile da Mangueira para compartilhar com você. Confira.