Entre os segmentos industrial, de geração elétrica e para o gás natural veicular – GNV -, a Firjan SENAIconstatou a existência de uma potencial demanda equivalente a mais de 97 milhões de m³/dia do insumo no estado do Rio de Janeiro. O dado faz parte do “Mapeamento da Demanda de Gás Natural no Rio”, levantamento promovido pela instituição junto às empresas fluminenses. O estudo completo será apresentado nesta terça-feira em evento presencial na Sede da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).
Com a indústria, o mapeamento reuniu setores que equivalem a mais de 80% do consumo atual de gás nesse segmento do estado, que atualmente se encontra na ordem de 2,8 milhões de m³/dia. Mais de 12 milhões de m³/dia de potencial de consumo no horizonte de 10 anos foram indicados pelas empresas.
Esse potencial, entretanto, está atrelado a um preço acessível de gás para implementação. Se concretizados, podem gerar investimentos das próprias empresas consumidoras na ordem de R$ 15 bilhões, com R$ 4 milhões de efeito renda e produzir 194 mil postos de trabalho diretos e 13 mil indiretos.
“Esse projeto tem como objetivo, mapear continuamente o potencial existente para consumo do energético em todo o território fluminense. O mapeamento olhou a fundo a visão das indústrias com um prazo de futuro próximo de 5 e 10 anos do ponto de vista do potencial de consumo”, destaca o presidente em exercício da Firjan, Luiz Césio Caetano.
Também foram contemplados os grandes projetos de geração de energia elétrica, em construção ou potenciais. O estudo identificou os principais clusters de demanda por região. Os municípios demandantes se encontram em boa parte das regiões: Norte, Sul, Leste, e Centro fluminense e Região Metropolitana.
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Polo Gaslub é o futuro da produção de gás no Rio
Entre os segmentos industriais com potencial de consumo de gás, destacam-se o siderúrgico e metalmecânico, seguido das indústrias química, fabricação de vidro e de cerâmica. O levantamento destaca ainda o potencial do projeto do Polo GasLub, em Itaboraí, com o interesse de empresas se instalarem no local, incluindo, por exemplo, uma de fertilizantes.
O mapeamento ressalta também o potencial do GNV no Rio de Janeiro. A substituição total de todo o consumo de combustíveis automotores no estado é equivalente a mais de 13 milhões de m³/dia de GNV. O grande direcionador da viabilização destes é a competitividade do preço do gás natural, que em muito depende de um ambiente regulatório favorável
A primeira edição do “Mapeamento da Demanda de Gás Natural no Rio” tem o patrocínio da NTS e os resultados serão avaliados em conjunto com a Empresa de Pesquisa Energética – EPE, a partir de um Acordo Técnico de Cooperação. Os dados são publicados em uma visão municipal, observando horizontes de tempo e preço de viabilização. O documento completo está disponível no link: www.firjan.com.br/firjan/empresas/competitividade-empresarial/petroleoegas/dados-gas