O Índice de Confiança do Empresário Industrial Fluminense (ICEI-RJ) registrou 53 pontos em janeiro. Esse resultado indica otimismo por parte dos industriais fluminenses neste início de 2022, superando a média histórica do ICEI-RJ (51,5 pontos). Mas também reflete uma queda na percepção da indústria em relação às condições atuais diante do aumento expressivo dos casos de Covid-19 no mês de janeiro. A análise é da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).
Porém, são as expectativas positivas para os próximos seis meses que mantêm a confiança do setor industrial fluminense. O Índice de Expectativas manteve-se acima da linha dos 50 pontos, com 56,7 pontos em janeiro. As perspectivas positivas foram sustentadas, em especial, pela confiança na situação das próprias empresas fluminenses (59,8 pontos); enquanto as expectativas em relação à economia brasileira (50,8) e ao estado (50,3) ficaram próximos dos 50 pontos.
“As cadeias de valor seguem desestabilizadas e as incertezas ainda são inúmeras. Porém, o otimismo que o empresário industrial fluminense ainda demonstra, reflete a sua resiliência. Precisamos minimizar ao máximo as turbulências de um ano eleitoral e seguir trabalhando para a melhoria do ambiente de negócios tanto do Rio de Janeiro quanto do Brasil”, afirma o presidente do Conselho Empresarial de Economia da Firjan, Rodrigo Santiago.
A indústria do Rio de Janeiro fechou 2021 com redução em seu volume de produção e no número de empregados, mantendo a tendência observada nos últimos anos. Porém, se deu de forma mais intensa que o registrado em 2020. Os dados constam da Sondagem Industrial Regional fluminense, produzida pela Firjan.
Indústria termina 2021 com produção em queda
O Volume de Produção da Sondagem Industrial fluminense encerrou 2021 assinalando 45,4 pontos (valores acima de 50 pontos indicam aumento e abaixo de 50 pontos indicam queda da produção). O recuo foi sentido por empresas de todos os portes, sendo de forma mais intensa nas grandes indústrias. Também o indicador de número de empregados reduziu ao longo do quarto trimestre e atingiu, em dezembro, o pior desempenho do ano: 48 pontos.
A “falta ou alto custo da matéria-prima” continua sendo o problema mais citado pelos industriais fluminenses, no último trimestre de 2021. Mas, mesmo assim, o percentual de industriais (49,8%) que lista esses entraves indica que o problema tem afetado, gradativamente, menos empresas no estado. No auge da pandemia, no primeiro trimestre de 2021, 60,7% apontavam o problema; e no terceiro trimestre de 2021, 54,2% empresários fluminenses eram afetados pela falta de matéria-prima.
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