A rede hoteleira do Rio comemora uma expressiva recuperação nos primeiros quatro meses deste ano, quando a ocupação alcançou 76,12%, superando os 57,98% de igual período em 2018.
O resultado pode ser atribuído a campanhas promocionais, mas também é reflexo da crise econômica que afasta os brasileiros das viagens internacionais e estimula o turismo doméstico.
Segundo dados divulgados pela ABIH RJ (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis – Rio de Janeiro), as taxas de ocupação dos seus associados neste ano foi de 79,6%, em janeiro; 74,2%, em fevereiro; 90,66%, em março; e 60%, em abril. Os números superam os resultados obtidos nos mesmos meses do ano anterior, quando ficaram em 72%, 66%, 48,8% e 44,5%, respectivamente.
No Carnaval deste ano, os hóspedes brasileiros nos hotéis do Rio representaram quase 80% do total de turistas, sendo a maioria composta por paulistas, mineiros e visitantes do próprio interior do Estado.
A Braztoa (Associação Brasileira das Operadoras de Turismo) considera que o setor de turismo já vinha apresentando crescimento em 2018, em relação a 2017, com destaque ao turismo doméstico. Do total de passageiros embarcados no ano passado, 5 milhões foram para destinos dentro do Brasil, 77,1% do total de 6,5 milhões.
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Em 2018, as empresas associadas à Braztoa, que representam cerca de 90% das viagens de lazer comercializadas no Brasil, foram responsáveis por um faturamento de R$ 13,1 bilhões, um crescimento de 7,4% em relação ao período anterior. Um crescimento real, ou seja, descontada a inflação, de 3,5%.
A associação calcula que os embarques domésticos geraram cerca de R$ 11,24 bilhões de impacto para a economia nacional, resultado da soma dos pacotes nacionais comercializados pelas operadoras, R$7,60 bilhões, com o valor de itens não inclusos nos pacotes, que chegaram a R$ 3,64 bilhões. Entre eles alimentação, transporte, passeios extras, visitas a parques, bares, presentes e artesanato, que estimulam a geração de trabalho e renda nos destinos.
Os dados mostram que o tempo médio de duração das viagens, em 2018, manteve estabilidade com relação ao período anterior. Os mais curtos (até 4 dias) foram escolhidos por 27% das pessoas. Os médios (5 a 9 dias) foram a escolha da maior parte dos consumidores (51%), enquanto os roteiros mais longos (mais de 10 dias) tiveram 22% nas procuras.