A história da Paraíso do Tuiuti remonta à década de 1930, mas a Unidos do Tuiuti desapareceu após a Segunda Guerra Mundial para dar lugar ao Bloco dos Brotinhos. A comunidade, sem dinheiro para um carnaval mais sofisticado, preferia sair no bloco, desprezando a então Paraíso das Baianas.
Foi aí que um grupo de sambistas se reuniu, entre eles Nélson Forró e Júlio Matos, e resolveu terminar com o bloco e também com a Paraíso das Baianas, fundando a 5 de abril de 1954 a Paraíso do Tuiuti. A nova agremiação ganhou as cores amarelo (herdado da Paraíso das Baianas) e azul (herdado da Unidos do Tuiuti).
Em 1968, com o enredo de Júlio Matos homenageando o bairro de São Cristóvão, a Paraíso do Tuiuti tira o primeiro lugar no Grupo 3 e vai para o Grupo 2. O fato é que, até o início da década de 1980, quase ninguém de fora da região ouviu falar da escola.
Maria Augusta e o primero título
A euforia começou quando a carnavalesca Maria Augusta Rodrigues deu o título do Grupo A para a escola, que não tinha patrono e só contara com a pequena subvenção oficial para fazer frente aos altos gastos que o Carnaval, com as características que tomou nos nossos dias, exige.
A escola tem como símbolo uma coroa, com uma lira na ponta de cima, ladeada por ramos de louro desde sua base. A coroa é presença constante nos desfiles. Geralmente é apresentada em posição de destaque no carro abre-alas. Uma das mais lembradas é a coroa do desfile de 2003, confeccionada pelo carnavalesco Paulo Barros, utilizando 7.500 latas de tinta.
Por serem de morros vizinhos, a Estação Primeira de Mangueira é a escola-madrinha da Paraíso do Tuiuti.