Próximo de alcançar neste ano a marca de 14,2 milhões de passageiros, em um crescimento de 80% em relação ao ano passado, o Aeroporto Internacional do Rio, o Galeão, tem planos de investimentos que podem chegar a R$ 140 milhões, em 2025. Isso é o que prevê o presidente da Concessionária RIOgaleão, Alexandre Monteiro, em entrevista ao jornal O Globo.
Os resultados do Galeão só se tornaram possíveis a partir da regulação do espaço aéreo na cidade do Rio, depois de outubro de 2023. Desde lá, no Aeroporto Santos Dumont, pousos e decolagens caíram de quase 11 mil para 6,3 mil, em maio último. Em igual período, os voos domésticos no Aeroporto Internacional do Rio saltaram de 3,2 mil para 6,3 mil, enquanto os passageiros nacionais mais que duplicaram. O que colaborou para aumentar o número de passageiros em operações internacionais, que neste ano deve chegar ao recorde de 4,6 milhões.
Monteiro explica como o aumento de voos internacionais acontece a partir do crescimento de operações domésticas. “Voos domésticos alimentam voos internacionais. Para cada seis nacionais, temos um internacional”, afirma.
Para atrair ainda mais rotas internacionais, o Galeão planeja ter mais companhias aéreas oferecendo stopover em voos que passem pelo Rio. Esse é um benefício para passageiros que fazem escalas em voos internacionais, com tempo suficiente para conhecerem a cidade onde estão, antes do próximo voo programado.
Galeão negocia formação de hub com companhias aéreas
A portuguesa TAP confirma que está em conversações com a Prefeitura e o Governo para criar no Galeão um programa de stopover semelhante ao que tem na Europa. Atualmente, apenas a Emirates faz stopover (dos seus voos para Buenos Aires) no Rio.
Alexandre Monteiro, diz que tem conversado com outras empresas aéreas, inclusive brasileiras, sobre a possibilidade de novas “escalas estendidas”, no Galeão. Ele tem também tratado com as companhias sobre a ideia de criar um hub aéreo, para que passem a concentrar no Aeroporto Internacional do Rio as partidas e escalas de seus voos, de forma a intensificar as operações internacionais por meio da concentração de voos domésticos.
No próximo ano, Monteiro espera o aumento de investimentos de parceiros privados, no entorno do Galeão. Um exemplo é a construção de mais um hotel nas imediações do Aeroporto, com capacidade para 200 quartos e investimento de R$ 100 milhões. Isso pode atender a demandas de passageiros que buscam hospedar-se próximos ao aeroporto, com diárias de baixo custo.