
Desde janeiro, um método de trabalho tem transformado a rotina dos funcionários da L’Oréal. O Flex Work, termo designado ao modelo de produção que alterna entre casa e escritório, foi implantado na empresa. Assim, uma vez por semana, os colaboradores podem realizar o home office. A equipe ganha mais flexibilidade.
O programa é parte das iniciativas da empresa para tornar o ambiente mais moderno e flexível. Nada a ver, segundo a empresa, com a crise financeira que levou a L´Oréal a decidir pelo fechamento da fábrica da Niely em Nova Iguaçu. As atividades da fábrica serão transferidas para São Paulo.
As áreas que aderiram ao modelo já observam bons resultados, como o aumento do foco no trabalho. Uma delas foi a área jurídica. Segundo Jucimar Pereira, diretor do Jurídico, o método permite que os trabalhadores organizem assuntos pessoais e fiquem mais presentes em família.
“O Flex Work entrou na nossa rotina, mas sem prejuízo para o trabalho que temos que desenvolver”, pontua Jucimar.
Maior produtividade
De acordo com Monique Garcez, gerente de finanças da Divisão de Cosmética Ativa, o Flex Work interfere positivamente na produção. Ela afirma que o programa conseguiu se adaptar para a realidade da área.
“A iniciativa nos permite equilibrar a alta carga de trabalho que temos. Trabalhar de casa também nos permite ter momentos específicos para focarmos em análises e, assim, termos uma produtividade maior no dia a dia”.
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Olivia Ferreira, do time de Recursos Humanos, foi uma das responsáveis pela elaboração e implementação do projeto. Ela chama atenção para o fortalecimento entre a equipe que o Flex Work gerou.
“A partir do momento em que empoderamos os colaboradores e incentivamos o elo de confiança entre os times, nos fortalecemos como companhia. Assim, colocamos na prática o conjunto de valores que queremos implementar na L’Oréal Brasil”, opina.
Desembarque no porto
Em agosto de 2017, a companhia francesa atracou a nova sede no Porto Maravilha, levando cerca de 800 funcionários para movimentar a economia da região. Ela ocupa 19 dos 22 andares de um prédio recém construído. Agora, o local ganha ainda mais força com a gigante Amil fechando o aluguel de pelo menos seis lajes corporativas no edifício em frente.
Mais de 2.500 trabalhadores reforçarão a ocupação da esquina tão promissora. O cruzamento das avenidas Barão de Tefé e Venezuela, além de abrigar as duas gigantes, é também a divisa dos bairros da Saúde e Gamboa. Fica colado ao ponto histórico mais importante da região, o Cais do Valongo, local de desembarque de escravos no século 19.