A Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), entidade presidida por Eduardo Eugenio Gouvea Vieira, criticou a decisão do Banco Central de manter a taxa básica de juros, Selic, em 10,5% ao ano. Para a entidade, a medida prejudica a recuperação de importantes setores econômicos do país.
O patamar elevado, segundo a Firjan, continua a limitar a expansão dos investimentos. Os juros altos afetam principalmente a indústria, que entre os três principais setores que compõem o PIB, foi a única a apresentar desempenho negativo no último trimestre.
A decisão do BC, para a Firjan, ainda que esperada, piora o cenário do setor industrial, em que dados mais recentes reforçam a falta de dinamismo. Para a Federação, é evidente a necessidade de uma política monetária mais favorável ao crescimento econômico.
Firjan diz que autonomia do BC é essencial
Para isso, a Firjan ressaltou a importância de fortalecer as instituições responsáveis pela política econômica brasileira. No comunicado, diz que “no âmbito fiscal, é crucial estabilizar a dívida pública por meio de uma agenda rigorosa de controle dos gastos obrigatórios, garantindo o cumprimento do arcabouço fiscal”.
No âmbito monetário, pontua a entidade empresarial, “é essencial preservar a autonomia do Banco Central (BC) para assegurar maior previsibilidade e transparência na condução da política monetária”.
A nota segue dizendo que “somente assim será possível alinhar as expectativas de inflação à meta, permitindo taxas de juros mais baixas, o que revitalizará a confiança do setor produtivo e impulsionará o crescimento sustentável da atividade econômica”.