O setor de comércio e serviços do Rio de Janeiro continua cauteloso em relação à recuperação econômica nos próximos meses, de acordo com a Fecomércio-RJ. Um levantamento feito entre 02 e 07 de março mostrou queda nas expectativas que eles fazem para seus negócios.
A pesquisa, que ouviu 383 empresários, tem por objetivo acompanhar e avaliar o comportamento dos setores de comércio de bens, serviços e turismo. De acordo com o estudo, 76,8% dos empreendedores esperam que o cenário melhore. Por outro lado, cerca de 12,3% acham que vai piorar nos próximos meses.
A variação negativa, no entanto, aparece por parte dos comerciantes. Para 17,8% dos entrevistados a situação de seu negócio melhorou, mas o número é menor do que o registrado em fevereiro (20,4%), segunda queda consecutiva. Além disso, o percentual que acredita que seus negócios estão estabilizados caiu de 26,6%, no mês anterior, para 23,2% em março.
Para 35,8%, o negócio piorou, mostra Fecomércio-RJ
Os empreendedores que afirmam que o quadro do seu negócio piorou subiram de 31,7% em fevereiro para 35,8%, assim como os que acreditam que piorou muito: de 21,3% para 23,2%.
A sondagem registrou queda dos que acreditam que a demanda aumentará ou aumentará substancialmente: de 54,4% em fevereiro, para 49,6% em março. Para outros 30,3% haverá estabilização. No mês anterior, o percentual era de 31,7%. Houve ainda aumento entre os que acreditam na diminuição acentuada: de 3,7% para 5,2%.
O percentual dos que creem que a demanda diminuirá apresentou aumento, indo de 10,3% em fevereiro para 14,9% nesta sondagem. Em resumo, os empresários estão menos otimistas em relação à demanda nos próximos três meses.
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Contratações diminuíram
Perguntados sobre o quadro de funcionários, o levantamento mostrou uma retração de 5,3% para 3,1%. O número de contratações, de acordo com os empresários, foi estabilizado (45,4%), seguido pelos que responderam que houve redução (25,6%) e muita diminuição (25,3%).
O percentual dos empregadores que afirmou que o quadro de funcionários aumentará ou aumentará muito caiu de 25% em fevereiro para 21,9% em março.
Fecomércio-RJ aponta inadimplência
A maioria dos entrevistados disse que os preços dos fornecedores aumentaram muito (59,5%). Outros 33,2% consideram que houve algum aumento. Só 4,2% consideraram os preços estáveis, e 2,3% afirmam que houve redução.
Entre os tipos de inadimplência, o aluguel (37,7%) lidera o ranking, seguido por fornecedores (37,2%), conta de luz (29,6%) e telefone (28,6%).