O Moinho Fluminense já tem uma nova proposta para sua revitalização. O empresário francês Alex Allard apresentou propostas de ocupação dos edifícios e terrenos do Moinho para o prefeito Eduardo Paes. Allard é idealizador do megacomplexo Cidade Matarazzo, empreendimento de ultraluxo na região central de São Paulo. O projeto dele para prevê, entre outras atrações, duas torres residenciais, hotel, restaurantes e galeria de arte, além da reforma completa da Praça da Harmonia.
Em junho deste ano, a Prefeitura do Rio decretou a desapropriação dos quatro terrenos do Moinho Fluminense, assim como a da área do Gasômetro para a construção do estádio do Flamengo, com o objetivo de revitalizar a Região Portuária.
Moinho Fluminense foi inaugurado em 1830
O Moinho Fluminense é composto por cinco prédios interligados por uma passarela no bairro da Gamboa. Inaugurado em 1887, o espaço foi sede, durante 130 anos, da primeira fábrica de moagem de trigo do Brasil, o que colocou fim a dependência do país da farinha de trigo importada.
A multinacional Bunge adquiriu o complexo em 1914 e operou o moinho até 2016. Em 2019, o Moinho Fluminense foi comprado pelo grupo Autonomy Investimentos, que propôs um projeto para um espaço multiuso com centro comercial, escritórios e torres residenciais. A desapropriação significa o fracasso do projeto apresentado.
O Autonomy integra um grupo que gere principalmente recursos do Canadá para investimentos imobiliários em vários países. Na cidade do Rio, o grupo é dono de alguns empreendimentos, entre eles os edifícios corporativos Vista Guanabara, no Porto, e o Standard Buildind, prédio art decó que foi a sede da Standard Oil no Brasil. No Estado, o grupo tem dois complexos logísticos, em Seropédica e Duque de Caxias.
O Moinho Fluminense é considerado o principal conjunto arquitetônico da Região Portuária. Formado por cinco prédios interligados por uma passarela, começa nas imediações do AquaRio, na Orla Conde, e se estende até a Praça da Harmonia, onde está localizada a construção principal.