Em luto, o empreendedorismo do Rio de Janeiro presta todas as homenagens a Carlos Fernando Carvalho, fundador da construtora Carvalho Hosken, que morreu ontem, sábado 10, aos 100 anos de idade. Principal nome da história do desenvolvimento imobiliário da Barra da Tijuca, do Recreio e dos novos bairros de Jacarepaguá, Carvalho foi, certamente, o maior responsável, na iniciativa privada, pelo deslocamento do mercado para a região, que passou a ser o sonho de consumo dos moradores das zonas Norte e Oeste e um polo residencial para todas as classes sociais.
A Carvalho Hosken adquiriu terrenos a baixo custo quando a região ainda era pouco habitada, e desenvolveu projetos residenciais e comerciais. Nos anos 1970, ele comprou cerca de dez milhões de metros quadrados na Baixada de Jacarepaguá. Entre seus principais projetos estão o Hotel Hilton, o Ilha Pura e o Atlântico Sul.
A Carvalho Hosken lançou cerca de 20 mil imóveis para 80 mil moradores. Só de IPTU, essa nova cidade arrecada R$ 120 milhões por ano. Outra estrela da Carvalho foi o Península, onde a empresa comprou 780 mil metros quadrados em 1978 e começou as obras em 1995. São 57 prédios de classe média.
Considerado pela Bloomerang como o 13º homem mais rico do Brasil, em 2015, com US$ 4,2 bilhões, ele deixou a presidência do grupo em 2021, substituído pelo filho Carlos Felipe.