A construção civil, que engloba as obras de empreendimentos residenciais, comerciais e de infraestrutura, gerou 2.901 vagas com carteira assinada no Estado do Rio, em agosto. O setor superou o comércio e a indústria, que geraram 2.120 e 1.586 vagas, respectivamente.
Esses números foram apontados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, vinculada ao Ministério da Economia.
O saldo positivo da construção civil no Rio, em agosto, comprova o início da recuperação do setor, mas ainda não anulou o impacto negativo da crise econômica, agravada pela pandemia do novo coronavírus.
Construção civil tem saldo positivo de empregos
Nos primeiros 8 meses do ano, a queda no número de empregos formais no Rio chegou a 189 mil vagas, das quais 10.689 foram na construção civil. O setor que mais perdeu postos de trabalho foi o de serviços, com menos 104 mil vagas.
De janeiro a agosto deste ano, a construção civil gerou, em todo o país, 58.464 novas vagas com carteira assinada. Este é o resultado da diferença de 996.579 admissões e de 938.115 demissões, no período.
Segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), as atividades do setor estão em expansão, que é um dos líderes da recuperação do mercado de trabalho no Brasil.
LEIA TAMBÉM:
Caixa anuncia redução de juros e prorroga carência
Royalties: deputados querem adiar votação no STF
Volkswagen produzirá caminhões elétricos em Resende
A entidade atribui essa retomada a alguns fatores, entre eles as iniciativas anunciadas recentemente pela Caixa Econômica Federal. Com destaque para a redução da taxa de juros para o financiamento habitacional e a prorrogação até o fim do ano da possibilidade de carência para o início do pagamento das parcelas dos novos contratos imobiliários.
A CBIC diz que a consolidação desse processo de expansão da construção civil enfrenta desafios, como o aumento dos seus custos e a possibilidade do fim da desoneração da folha de pagamentos.
Além do Rio, a construção civil foi, em agosto, o setor que mais gerou vagas com carteira assinada em outros 7 estados (Roraima, Pará, Tocantins, Maranhão, Piauí, Sergipe e Mato Grosso). A construção foi o segundo maior gerador de vagas formais no Amapá, Alagoas, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Goiás e Distrito Federal. Esse desempenho, segundo a CBIC, comprova a importância dessas atividades para a economia nacional.