A Prefeitura do Rio lançou oficialmente ontem no Museu do Amanhã a Rio+30 Cidades. A conferência sobre desenvolvimento urbano sustentável e inclusivo será realizada ao longo de três dias, entre 17 e 19 de outubro, e colocará o Rio de Janeiro como centro das discussões sobre desenvolvimento sustentável, desta vez focado em discutir o futuro das cidades. No evento, a Prefeitura ainda anunciou que vai conceder incentivo fiscal para empresas da cadeia de crédito de carbono e apresentou a logomarca oficial da conferência, desenvolvida pela OM.art.
– Essa é a nossa grande agenda. Só haverá crescimento econômico, diminuição das desigualdades se nós tratarmos deste tema. Não é mais só uma agenda do defensor da natureza. É de toda a sociedade. O impacto dela nas populações mais pobres precisa ser discutido – disse o prefeito Eduardo Paes.

A Conferência marcará os 30 anos de realização da Rio 92 e trará ao Brasil diferentes gerações de agentes transformadores – políticos, acadêmicos, lideranças locais, ativistas e representantes de comunidades tradicionais, indústria e comércio -, para debater políticas públicas nas cidades capazes de combinar sustentabilidade e justiça social.
A Rio+30 Cidades marca a consolidação do Rio, que tem sua política Municipal sobre Mudança do Clima e Desenvolvimento Sustentável desde 2011, como cidade-líder global nas discussões sobre meio ambiente e enfrentamento à emergência climática. A conferência conta com apoio estratégico da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) e da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
“Para a Firjan é uma imensa satisfação participar deste encontro. Uma das primeiras prioridades da Firjan é o desenvolvimento sustentável. Temos trabalhado pela mobilização dos empresários e da sociedade em geral com relação a este tema”, declarou o presidente em exercício da Firjan, Luiz Césio Caetano.
De forma simultânea, a Rio+30 Cidades receberá o 8º Fórum Global do Pacto de Milão, que vai debater as políticas locais para o aumento da segurança alimentar. Inédita neste formato, a iniciativa conta com o apoio de municípios brasileiros, governos locais internacionais, organizações internacionais, sociedade civil e redes de cidades como a União das Cidades Capitais Iberoamericanas – UCCI – e o Pacto de Milão.
Retomando a liderança das discussões sobre o tema, o Rio definiu a medida de neutralidade de emissões líquidas até 2050 e, além disso, a cidade se tornou embaixadora da campanha internacional “Race to Zero”, que busca apoiar cidades na transição para uma economia de baixo carbono.
Durante a cerimônia, a Prefeitura anunciou a novidade de conceder incentivo fiscal para empresas da cadeia de crédito de carbono. O Poder Executivo enviará na sexta-feira (31/3) para a Câmara um projeto de lei para reduzir de 5% para 2% o ISS cobrado de empresas do setor que se instalarem na cidade. São certificadoras, auditorias, consultorias, desenvolvedoras de projetos, entre outras.
Além desta medida, o município prevê um fomento de R$ 60 milhões que poderão ser abatidos no imposto de empresas que comprarem crédito de carbono. Com as medidas, a Prefeitura prevê acelerar de 5% para 8,3% a meta de neutralização de emissão de CO2 na cidade, prevista no Plano Estratégico Rio 2021-2024.
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