
Quem passou pela Central do Brasil nesta segunda-feira (29), entre 6h30 e 14h, teve a oportunidade de conhecer um cérebro gigante, exposto em alerta ao Dia Mundial do AVC. Denominada ‘O Cérebro contra o tempo’, a ação contou com um cérebro de dois metros de diâmetro, demarcado por seis áreas coloridas representadas por uma bexiga em cada região.
Durante a atividade, as pessoas tiveram um minuto para responder seis perguntas sobre os sinais do AVC, o popularmente conhecido derrame cerebral. Para cada resposta certa, o balão murcha, representando que a área do cérebro foi salva. O erro faz com que a bexiga estoure, o que significa comprometimento cerebral.
Com passagens por São Paulo (SP) e Gramado (RS), a ação itinerante chegou à capital fluminense com objetivo de alertar a população sobre a necessidade de socorro rápido que o AVC exige, doença que é a principal causa de incapacidade funcional no mundo.
Blecaute nos Arcos da Lapa
Também nesta segunda-feira, às 19h, a Rede Brasil AVC e a Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares (SBDCV) fizeram um blecaute nos Arcos da Lapa, um dos marcos do Rio de Janeiro (RJ). Após as luzes do monumento se apagarem, em alusão à rápida perda de neurônios que os pacientes acometidos pela doença sofrem, houve uma projeção especial em alerta à campanha.
A ação tem como principal objetivo mostrar o impacto que o AVC, que é a principal causa de incapacidade funcional no mundo³, pode causar, com grande risco de morte ou de graves sequelas, caso o indivíduo não receba um atendimento emergencial, ou seja, logo nas primeiras horas.
“A iluminação reduzida nos Arcos da Lapa simboliza a perda rápida de neurônios causada pelo AVC, que é uma emergência médica em que a rapidez no atendimento é fundamental. No caso do AVC isquêmico, o que mais acomete a população, um paciente não tratado perde, aproximadamente, 1.9 milhão de neurônios a cada minuto”, afirma Sheila Martins, neurologista e presidente da Rede Brasil AVC.
Segundo ela, quanto mais tempo sem atendimento, maiores as chances de sequelas graves e incapacitantes, como dificuldades de movimentação, linguagem, comprometimentos visuais, de memória e até mesmo comportamentais, de acordo com a área do cérebro afetada. “Ou seja, tempo é cérebro”, destaca.
Hábitos saudáveis podem prevenir
A maioria (90%) dos casos de AVC podem ser evitados com o controle dos fatores de risco, tais como pressão alta, diabetes, colesterol elevado, arritmias cardíacas, tabagismo, obesidade, sedentarismo e estresse. Além disso, é importante ressaltar que o AVC é uma doença tratável. Hoje, no caso do isquêmico, existe um medicamento injetável altamente eficaz.
Estudos mostram que esse medicamento, chamado de trombolítico, quando usado no paciente, em até quatro horas e meia após o início dos sintomas, pode desobstruir o vaso entupido e aumentar em 30% as chances de esse indivíduo ficar sem sequelas do AVC”, explica Octavio Pontes Neto, neurologista e presidente da Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares.
“O cérebro contra o tempo” é uma iniciativa de conscientização que faz parte da campanha “A Vida Conta – Cada minuto faz diferença”, da Rede Brasil AVC em parceria com a Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares, com apoio da Boehringer Ingelheim. Acompanhe a campanha na fanpage da Rede Brasil AVC: https://www.facebook.com/CampanhaAVC
Atualizado em 29 de outubro, às 21h46