Diário do Porto

Carnaval 2025: Beija-Flor de Nilópolis homenageia Laíla

Laíla é homenageado no desfile da Beija Flor.

O desfile da Beija-Flor , em homenagem a Laíla, é aguardado com expectativa pelos foliões e promete ser um dos destaques do Carnaval 2025 (foto: Cristina Indio do Brasil/Agência Brasil)

A Beija-Flor de Nilópolis levará para a Marquês de Sapucaí um enredo em tributo a Laíla, diretor de carnaval que marcou a história da escola e do Carnaval carioca. Com o samba-enredo “Laíla de Todos os Santos”, a agremiação promete emocionar o público ao celebrar o legado do mestre, que faleceu em 2021.

O enredo destaca a trajetória de Laíla e sua contribuição para a Beija-Flor, considerada essencial para a evolução da escola no Carnaval carioca. Familiares, componentes e admiradores dizem que a homenagem é um reconhecimento muito importante ao papel do diretor da Beija-Flor. O carnavalesco João Vitor Araújo ressaltou a relevância do tributo. “O Laíla foi um dos maiores sambistas da história do Carnaval do Rio e do Brasil”, afirmou em entrevista ao G1.

Beija-Flor quer o título do Carnaval 2025

A última vitória da Beija-Flor de Nilópolis no carnaval do Rio de Janeiro foi em 2018. A escola de samba foi campeã com o enredo “Monstro É Aquele que não Sabe Amar – os Filhos Abandonados da Pátria que os Pariu”, que faz um paralelo do monstro Frankenstein com as mazelas sociais do Brasil.

A Beija-Flor se prepara para levar para a Sapucaí um desfile marcado por referências à vida e ao trabalho de Laíla. A comunidade de Nilópolis e os integrantes da escola trabalham na execução do enredo, que será apresentado na Marquês de Sapucaí. O desfile da Beija-Flor é aguardado com expectativa pelos foliões e promete ser um dos destaques do Carnaval 2025.

Samba-Enredo de 2025 da Beija-Flor de Nilópolis

A letra do samba-enredo que menciona elementos ligados à identidade de Laíla e sua trajetória na Beija-Flor foi escrito por Romulo Massacesi, Junior Trindade, Serginho Aguiar Centeno, Ailson Picanço, Gladiador, Felipe Sena.

Confira a letra abaixo:

Chama João pra matar a saudade
Vem comandar sua comunidade
Ó Jakutá
O Cristo preto me fez quem eu sou
Receba toda gratidão, Obá
Dessa nação nagô

Da casa de Ogum, Xangô me guia
Da casa de Ogum, Xangô me guia
Dobram atabaques no quilombo Beija-Flor
Terreiro de Laíla, meu griô
Da casa de Ogum, Xangô me guia
Da casa de Ogum, Xangô me guia
Dobram atabaques no quilombo Beija-Flor
Terreiro de Laíla, meu griô

Kaô, meu velho
Volta e me dá os caminhos
Conduz outra vez meu destino
Traz os ventos de Oyá
Agô, meu mestre
Tua presença ainda está aqui
Mesmo sem ver, eu posso sentir
Faz Nilópolis cantar

Desce o morro de Oyó
Benedito e Catimbó
O alabá Doum
Traz o terço pra benzer
E a cigana puerê
Meu Exu
De copo no palco, sandália rasteira
No chão sagrado toda quinta-feira

O brado no tambor, feitiço
Brigou pela cor, catiço
Coragem na fala sem temer a queda
O dedo na cara, quem for contra, reza
O brado no tambor, feitiço
Brigou pela cor, catiço
Coragem na fala sem temer a queda
O dedo na cara, quem for contra, reza

Vencer, o seu verbo
Gênio do ouvido perfeito
A trança nos versos
Divino e humano em seu jeito
Queria paz, mas era bom na guerra
Apitou em outras terras, viajou nas ilusões
Deu voz à favela e a tantas gerações

Eu vou seguir sem esquecer nossa jornada
Emocionada, a Baixada em redenção
Chama João pra matar a saudade
Vem comandar sua comunidade
Ó Jakutá
O Cristo preto me fez quem eu sou
Receba toda gratidão, Obá
Dessa nação nagô


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