
O auditório da Cdurp (Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro) ficou cheio de boas ideias e ótimas perspectivas. O evento Café com Negócios do Porto Maravilha, promovido pelo Sebrae Rio na quarta-feira 17, contou com 46 empresas.
Foram mais de cinco horas de divulgação de produtos e serviços, identificação de fornecedores e potenciais parcerias e acesso a informações em uma forte rede de relacionamentos.
O DIÁRIO DO PORTO esteve lá. Conferimos de perto o resultado da pesquisa feita pelo Sebrae com os participantes do Café com Negócios. Todos, sem exceção, disseram ter expectativa de efetivar futuras parcerias e/ou negócios com as empresas presentes.
Os principais segmentos representados foram tecnologia da informação (TI), serviços gráficos, assessoria jurídica, assessoria contábil, representação comercial, consultorias e turismo. A expectativa média de geração de negócios entre os participantes é de cerca de R$ 1,4 milhão.
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“Não adianta ter essa estrutura urbana como temos no Porto Maravilha se não houver negócios, se não tiver muita gente fazendo relacionamento”, defendeu Rilden Albuquerque, gerente de Desenvolvimento Econômico e Social da Cdurp.
O Café com Negócios foi aberto pela coordenadora de Economia Urbana do Sebrae Rio, Débora Finamore. A riqueza do projeto, segundo ela, é a troca de informações entre os empresários. “Isso ajuda a manter e ampliar a força dos pequenos negócios”, afirmou.

Maioria sai otimista
Nada menos do que 97% dos empreendedores presentes ao Café com Negócios informaram ter programado ações concretas em função do encontro. São elas: reunião agendada (12%), envio de proposta (19%), cadastro como fornecedor (23%) e envio de e-mail/apresentação (46%). A unanimidade avaliou a sessão como “ótima” (59%) e “boa” (41%).
A programação incluiu palestra sobre técnicas de vendas e oportunidades de mercado. Glauco Nader, empreendedor e consultor do Sebrae Rio, apresentou informações consolidadas das políticas de compras das empresas da Região Portuária.
Setenta e cinco por cento das empresas âncoras entrevistadas informaram que o processo de contratação é centralizado, e 83% das compras são centralizadas na sede da empresa.

As médias e pequenas empresas listaram várias dificuldades no fechamento de contratos. Entre elas, o excesso de rigor na análise documental, a logística de entrega na região e, naturalmente, as complexas questões fiscais. Apesar dos obstáculos, o consultor concluiu com otimismo a palestra no Café com Negócios.
Segundo ele, a crise, que já dura cerca de cinco anos, tem tudo para começar a ser revertida em 2019 no Rio de Janeiro, principalmente em função da aceleração das atividades no setor de petróleo e gás. Além de torcer muito, o momento é de se preparar para os novos tempos, com redes de relacionamentos e troca de informações.