Diário do Porto

Audiovisual movimenta R$ 4,2 bilhões no Rio

Filme Ainda Estou Aqui foto Divulgação

Com lançamento em 7/11, o filme "Ainda Estou Aqui" é um produto do audiovisual carioca que pode concorrer ao Oscar no próximo ano (foto: Divulgação)

A indústria do audiovisual do Rio de Janeiro já é a décima maior atividade econômica da cidade, tendo crescido 56,2% nos últimos três anos. Essas são algumas das conclusões do estudo “Economia do Audiovisual Carioca”, produzido pela Prefeitura da cidade, que mostrou também que esse mercado emprega cerca de 20 mil pessoas, movimentando R$ 4,2 bilhões na economia local. 

O estudo detalha a importância do audiovisual na cidade, ao gerar empregos qualificados, com baixo impacto ambiental e com forte efeito multiplicador. Traz dados sobre faturamento, abertura de postos de trabalho, sobre a representatividade da produção audiovisual carioca no Brasil e no mundo e arrecadação de impostos. Em 2023, segundo o levantamento, foram arrecadados no Rio R$ 72,1 milhões em ISS, provindos do setor.

O estudo completo sobre a Economia do Audiovisual Carioca está disponível no Observatório Econômico do Rio e no Observatório do Audiovisual Carioca.

Pelos dados apresentados, é possível saber que, entre 2021 e 2023, a Prefeitura investiu, por meio do programa Pró-Carioca Audiovisual da RioFilme, R$ 139,4 milhões no setor. Somente no ano passado, foram aplicados R$ 60,8 milhões, incluindo recursos oriundos da Lei Paulo Gustavo. O Rio também se destacou como a cidade com o maior número de diárias de filmagem da América Latina, com 7,9 mil autorizações emitidas pela Rio Film Commission em 2023, superando grandes centros internacionais como Buenos Aires e Cidade do México.

Segundo dados da Pesquisa Global de Entretenimento e Mídia (E&M) 2023–2027, realizada pela PWC em 2023, que analisa 13 segmentos de E&M em 53 países, as receitas desses setores alcançarão US$ 2,8 trilhões em 2027. O estudo aponta que a projeção para o Brasil é de US$ 41,3 bilhões em 2027. O relatório estima ainda que o mercado cinematográfico brasileiro, nono maior mercado de cinema no mundo, pode atingir US$ 707 milhões em 2026, uma expectativa maior do que os US$ 638 milhões de bilheteria alcançados em 2019, antes da pandemia de Covid-19.

Outro estudo internacional, com um recorte mais específico do setor audiovisual, “O impacto econômico do setor audiovisual na América Latina” realizado, em 2023, pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com apoio da Netflix, aponta Argentina, Brasil e México como as maiores indústrias audiovisuais na América Latina, somando uma receita de US$ 20 bilhões em 2021, sendo US$ 3 bilhões vindos da produção cinematográfica. O estudo estima também os efeitos dos multiplicadores da atividade econômica do setor audiovisual, concluindo que para cada US$ 10 gastos no setor na América Latina, entre US$ 6 e US$ 9 sejam gerados na cadeia de suprimentos, e que para cada dez empregos no setor, entre 5 e 7 sejam gerados em outros setores.


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