Diário do Porto

Alerj quer abrir Casa da Democracia neste semestre

sala do Palácio Tiradentes

Casa da Democracia será um centro cultural que usará as salas restauradas do Palácio Tiradentes (foto: Agência Brasil / Tomaz Silva)

Ainda neste primeiro semestre de 2023, a Casa da Democracia deve ser aberta no Palácio Tiradentes, antiga sede da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). O novo centro cultural irá preservar a memória de momentos fundamentais da vida política brasileira que foram vividos no local.

As futuras exposições na Casa da Democracia usarão modernas tecnologias imersivas, para tornar o conteúdo ainda mais atraente ao público. O centro de memória terá como objetivo promover a reflexão sobre os valores da democracia, como liberdade de expressão, respeito às leis e às instituições, e igualdade de direitos.

No ano passado, a Alerj foi transferida para novas instalações na rua da Ajuda, número 5, no prédio inteiramente reformado que já foi a sede de diversos órgão do Governo do Estado e do antigo banco Banerj.

Após a transferência, a Alerj começou o trabalho de restauração do próprio Palácio Tiradentes, que agora vai sediar a Casa da Democracia. A superintendente da Curadoria do Palácio Tiradentes, Maria Lúcia Horta Jardim, ressaltou o trabalho de revitalização dos ambientes. O desenvolvimento do projeto foi feito em parceria com a Universidade Federal Fluminense (UFF).

“Começamos a planejar esse projeto em junho de 2021 e o nosso primeiro passo foi cuidar do edifício e do restauro dele com a ajuda da Oficina Escola. Em parceria com a UFF, nós nos debruçamos no desenvolvimento da narrativa e da forma da Casa da Democracia, que traz um apanhado cultural e histórico muito grande. Fizemos tudo com todo cuidado e respeito que o Palácio merece”, afirma Maria Lúcia.


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Casa da Democracia destacará principais períodos da República

Professor da UFF e coordenador do projeto, Franklin Dias Coelho, conta que o principal desafio foi aliar a preservação do patrimônio com um ambiente interativo. “O público que visitar a Casa da Democracia vai conhecer um pouco da história que a história não conta. O que fez com que a gente tivesse que fazer um grande trabalho de pesquisa, mas conseguimos, e vamos entregar ao público muita informação relevante”, garantiu Franklin.

Com painéis eletrônicos, áudio e vídeos a Casa da Democracia trará uma releitura dos principais períodos republicanos: a Primeira República (1889 – 1930), Período Vargas (1930-1945 e 1951-1954), a Ditadura Militar (1964 a 1985), a abertura “Lenta, Gradual e Segura” e a Lei da Anistia (1974 – 1979), Diretas Já! (1984 – 1985). A Nova República (1985 até os dias de hoje).

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