Inaugurado há três anos, o Aeroporto de Maricá acaba de ser autorizado a operar voos regionais, executivos e a operar com instrumentos. Desde o início de suas operações o local funcionava apenas como aeródromo de instrução.
Com a modernização do campo o aeroporto opera agora com IFR (Instrumental Flight Rules), o que permite decolagens, aproximações e pousos, mesmo com pouca visibilidade. A inserção do Aeroporto de Maricá com essa classificação, foi publicada na carta do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), que regula a aviação em todo o país. Essa implementação se junta à instalação do Percurso de Aproximação de Precisão (Papi, sigla em inglês).
O Percurso de Aproximação de Precisão foi instalado há um ano se se trata de um conjunto de luzes que auxilia o piloto e baliza a pista nas operações de pouso noturno. Com o IFR é possível a operação de noturna e as aeronaves poderão fazer a aproximação final em baixa visibilidade, devido a troca de informação entre o GPS de bordo e os equipamentos instalados em solo.

Em entrevista ao blog “Agenda Bafafá”, Olavo Noleto, presidente da Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar) explica a importância estratégica do aeroporto.
“Essa nova qualificação técnica do aeroporto municipal de Maricá atesta a enorme vocação estratégica desse terminal para funcionar como alternativa para a aviação regional, de apoio às operações offshore de pequeno porte em nosso estado”.
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O aeroporto de Maricá tem uma pista útil de 1,2 mil metros e está localizado a:
– 60 km do Rio
– 40 km do Comperj, em Itaboraí
– 100 km de Cabo Frio
– 128 km de Búzios
– 200 km, em linha reta, dos campos do Pré-Sal da Bacia de Santos. (Esta é a menor distância entre o continente e as plataformas dos Campos de Lula e Libra. Com isso, o terminal se mostra estratégico para as operações de logística para a atividade offshore)
Agora com o funcionamento 24h, o aeroporto torna-se uma base de apoio para eventuais operações de resgate nas plataformas e de voos médicos de emergência.
Maricá também terá novo porto
A modernização do aeroporto é a segunda boa notícia que a cidade recebe nas últimas semanas. Após quatro anos de disputa judicial, os Terminais Portuários de Ponta Negra, na Praia de Jaconé, finalmente recebem sinal verde para prosseguir as obras.
O presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, desembargador Messod Azulay Neto, suspendeu a liminar que impedia o empreendimento. A decisão atende recurso da Procuradoria-Geral do Estado (PGE-RJ) contra a sentença de primeira instância que havia anulado o licenciamento ambiental prévio para o terminal. Segundo estimativas do Governo do Estado, o empreendimento, da DTA Engenharia, deve atrair R$ 12,8 bilhões em investimentos e gerar 2,5 mil empregos diretos durante a sua construção e mais 1 mil em ocupações fixas na fase de operação.
