Postes de Copacabana receberam nesta semana adesivos com a frase “Lixo era aqui”, em alusão à retirada de papeleiras das ruas Barata Ribeiro, Raimundo Corrêa e Cinco de Julho. A ação, feita por moradores, questiona a substituição dos equipamentos por contêineres, adotados pela Comlurb em áreas com maior registro de furtos e vandalismo.
Segundo a companhia de limpeza urbana, só em Copacabana foram repostas 656 papeleiras em 2024 e, em 2025, já foram substituídas 455 unidades. Em toda a cidade, o número de reposições chegou a 6.644 no ano passado e, neste ano, soma 1.948 até o momento. O prejuízo anual é de cerca de R$ 1 milhão, considerando o valor de R$ 149,77 pago por unidade na última compra.
A Comlurb informou que realizará uma vistoria técnica nas ruas mencionadas para avaliar a necessidade de reinstalação das papeleiras. Em locais considerados críticos, a alternativa tem sido instalar contêineres de maior capacidade, já presentes em 12 mil pontos da cidade.
A medida é criticada pela Sociedade Amigos de Copacabana. O presidente da entidade, Horácio Magalhães, afirma que os contêineres não são adequados para determinadas áreas, por serem pesados, barulhentos e de difícil limpeza. Segundo ele, moradores têm reclamado de mau cheiro em alguns contêineres instalados no calçadão da orla.
A Guarda Municipal declarou que atua diariamente na proteção do mobiliário público e que, em casos de flagrante de delito, os suspeitos são encaminhados para delegacias.