O Museu de Arte Moderna (MAM), que será reaberto ao público dia 1º de dezembro, não será como antes. Sede do encontro dos homens mais poderosos do mundo no fim de novembro, durante o G20, o museu, que já era um dos espaços mais charmosos e importantes do Rio, ganhou fama mundial como ícone arquitetônico da cidade.
Para receber a cúpula, o MAM passou por um processo de revitalização e modernização. A reforma, avaliada em R$ 32 milhões, incluiu melhorias nas fachadas, áreas internas e elevadores do museu. Além disso, a área externa ganhou nova iluminação e mais 70 câmeras, e o trecho conhecido como Jardim de Ondas (ou Jardins Copacabana) voltou a exibir o desenho original.
Nova programação do MAM
Na reabertura, o público poderá conferir a exposição inédita “Uma História da Arte Brasileira”, montada para ser apresentada aos diplomatas e chefes de Estado do G20. A mostra reúne 65 pinturas, esculturas e fotografias do acervo do museu, dos anos 1920 até hoje, percorrendo a história da arte brasileira moderna e contemporânea.
A exposição tem obras de Adriana Varejão, Amilcar de Castro, Anita Malfatti, Anna Bella Geiger, Antonio Bandeira, Candido Portinari, Carlos Vergara, Cícero Dias, Cildo Meireles, Claudia Andujar, Di Cavalcanti, Djanira, Flávio de Carvalho, Heitor dos Prazeres, Ivan Serpa, Lygia Clark, Mestre Didi, Tarsila do Amaral, Tunga e o fotógrafo Evandro Teixeira. Patrocinada pela prefeitura, a mostra vai até março. Uma parte foi montada no Salão Monumental, dentro do Bloco de Exposições, e a outra no Bloco Escola, ao lado da Cinemateca.
Além disso, o MAM disponibilizou visitas mediadas ao complexo arquitetônico e aos restaurados jardins de Burle Marx. Para janeiro do ano que vem, é organizada a exposição “Forma das Águas”, com tema de sustentabilidade. Para o mesmo mês, está prevista a volta do projeto Super Sábado no MAM, patrocinado pela Petrobras, com musicais e outros eventos artísticos.
Para 2025, será concebido um projeto para que o Bloco Escola, fechado desde a década de 1970, volte a sediar atividades de arte e educação. Primeiro do complexo a ser inaugurado, em 1958, o espaço foi recuperado na reforma do MAM e deve sediar aulas para professores, atividades de experimentação para visitantes e cursos voltados para a economia criativa.
Legado do G20: Placa comemorativa do Museu de Arte Moderna
No final do G20, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o prefeito Eduardo Paes participaram da inauguração, no saguão de entrada do MAM, da placa que celebra a reunião da cúpula e a revitalização do espaço cultural.
A ação contou com o embaixador Mauro Vieira, ministro de Relações Exteriores, Márcio Macedo, ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Carlos Fávaro, ministro da Agricultura e Pecuária, Eduardo Cavaliere, secretário municipal da Casa Civil, Lucas Padilha, presidente do Comitê Rio G20, e Yole Mendonça, diretora do MAM.
Na placa, está escrito a seguinte frase, em português e inglês: “No Museu de Arte Moderna, na Cidade do Rio de Janeiro, chefes de Estado e de Governo do G20 se reuniram nos dias 18 e 19 de novembro de 2024, para dialogar e criar um mundo mais justo e sustentável.”