O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) iniciou o 2º ciclo do programa BNDES Periferias, uma iniciativa que apoia projetos de empreendedorismo e geração de renda em favelas e comunidades urbanas. Realizado em conjunto com a Secretaria Nacional de Periferias do Ministério das Cidades, o programa conta com um aporte de até R$ 100 milhões, metade proveniente do próprio BNDES e metade de parceiros.
O programa é destinado para entidades privadas sem fins lucrativos, com experiência na implantação e operação de projetos nas áreas das cidades contempladas pela iniciativa. Também serão apoiados propostas de favelas e comunidades periféricas dos municípios do Programa Periferia Viva do Ministério das Cidades.
A chamada pública vai selecionar projetos que atuem em duas frentes de apoio. Uma delas, a “Polos BNDES Periferias”, é focada na criação ou revitalização de espaços multidisciplinares para ações voltadas ao trabalho e renda. Enquanto isso, o “Trabalho e Renda da Periferia” se destina para diagnóstico, capacitação, mentoria e aporte de recursos de “capital semente” para negócios nas comunidades alvo.
“Como banco de desenvolvimento econômico e social, o BNDES está subindo o morro para encontrar as favelas. Nós temos que integrar a cidade e o Brasil, temos que reduzir a desigualdade, reduzir a pobreza e ir para os territórios”, afirmou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
O Rio no segundo ciclo do BNDES Periferias
Entre as doze entidades que avançaram para a segunda etapa do BNDES Periferias, três grupos têm sede ou atuam predominantemente no Rio de Janeiro: Associação Redes de Desenvolvimento da Mare, CIEE-RJ (Centro de Integração Empresa-Escola do Rio de Janeiro) e Agência de Notícias das Favelas (ANF).
“A gente está feliz de poder acessar um recurso que já tínhamos direito pelo esforço e trabalho. Mas eu entendo que também a periferia está com uma responsabilidade bastante significativa”, disse Eliana Sousa, da Associação Redes de Desenvolvimento da Maré.
Para o próximo ciclo, o BNDES adotou critérios de seleção que priorizam negócios feitos por mulheres e jovens. Além disso, as entidades com 30% ou mais de pessoas autodeclaradas negras serão beneficiadas, como parte do critério de “Diversidade Racial na Gestão”.
A chamada desse 2º ciclo vai ficar aberta até às 15h do dia 31 de janeiro de 2025. As inscrições para apresentação de projetos podem ser feitas por meio deste link.