A companhia aérea Azul vai trocar cerca de R$ 3 bilhões em dívidas por novas ações da empresa. O acordo foi feito com arrendadores de aeronaves e fabricantes de equipamentos e dá novo fôlego à empresa para continuar suas operações.
O novo arranjo com os credores substituirá um anterior, acertado pela Azul em 2023, no qual se previa que os R$ 3 bilhões seriam pagos trimestralmente com a emissão de ações, até o final de 2027. Segundo a empresa, os acordos são parte de um plano para fortalecer sua geração de caixa e melhorar sua estrutura de capital.
Entre as medidas que a Azul tomou recentemente para melhorar sua performance, está a substituição dos jatos Embraer 195-E1 pelo modelo E2 em seus voos conectando o aeroporto do Galeão, no Rio, à sua base em Viracopos, em Campinas, aumentando em 12% a oferta de assentos na rota.
A companhia opera 58 voos semanais na rota Galeão-Viracopos e mais de 70% deles estão passando a ser realizados com o 195-E2 desde agosto. A Azul começou a substituir os 195 pelo modelo de segunda geração em 2019. Hoje são 21 jatos 195-E2.
A companhia aérea afirmou que continua em negociações com os credores que ainda não foram contemplados pelo atual acordo da dívida, o que foi bem recebido pelos analistas de mercado.
Azul fez operações especiais nos shows da Madonna e Rock in Rio
Em seus esforços de ampliação de voos, a Azul fez duas operações especiais em grandes eventos no Rio. Em maio, a companhia aérea anunciou a criação de um hub temporário no aeroporto do Galeão, para atender o público do show da cantora Madonna, em Copacabana.
Segundo a empresa, foram 436 voos operando no Galeão entre os dias 1º e 7 de maio, somando mais de 60.300 assentos. Os dias de maior pico foram 3, 4 e 5 de maio, que, juntos, totalizam mais de 58% das decolagens da Azul na primeira semana daquele mês.
Para o Rock in Rio, em setembro, foram 16 voos extras da Azul entre o Galeão e Belo Horizonte, além de voos regulares para Recife (PE), Maceió (AL), Campina Grande (PB) e Natal (RN).