O Porto Sudeste, em Itaguaí, recebeu na semana passada, pela primeira vez, o Cape Apollo, navio da classe Wozmax com 327 metros de comprimento, equivalente a três campos de futebol. A embarcação é o maior navio de granel sólido que já atracou nas águas internas da Baía de Sepetiba, onde fica o porto criado em 2015.
O navio, que chegou ao Porto Sudeste na segunda-feira (19) e partiu para o exterior na quarta-feira (21), foi carregado com 225 mil toneladas de minério de ferro extraídos em Minas Gerais. O carregamento somente foi possível devido ao novo calado operacional do porto, que passou de 17,80 metros para 18,30 metros, uma diferença de 50 cm que permite navios com um acréscimo de 30 mil toneladas de capacidade de carga, o que corresponde a cerca de dois trens de 136 vagões.
A Porto Sudeste do Brasil é uma empresa criada pelo empresário Eike Batista atualmente controlada por dois grupos internacionais: Mubadala, companhia global de investimento em diversos segmentos da economia; e Trafigura, multinacional líder no comércio de petróleo, metais e minerais.
O diretor de Operações da Porto Sudeste, Guilherme Caiado, disse que o novo calado amplia a competitividade da empresa. “A chegada do Wozmax é a conclusão de uma etapa de desenvolvimento do Porto Sudeste que sonhávamos desde o início, quando foi concebido. O minério de ferro é uma commoditie que demanda volume e com essa classe de navios conseguimos uma competitividade muito maior. É um tremendo avanço do nosso negócio, mas também resultado de muito foco, resiliência e determinação dos profissionais do Porto em perseguir essa meta”, afirmou.
Para chegar chegar à profundidade atual, a Porto Sudeste realizou obras com o método de derrocagem por fio diamantado. Conduzido pela empresa UMI SAN – Hidrografia e Engenharia, o método elevou a capacidade do porto e, segundo o diretor, estabeleceu novos padrões ambientais e de segurança.
O Porto Sudeste tem como meta a redução de emissões de gases de efeito estufa. Com a ampliação da profundidade do calado, o escoamento de minério e de outros produtos poderão ser realizados em embarcações com mais capacidade de carga, com menos custos e gastos de combustível e energia.
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