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Investimentos

Rio quer resposta da União para comprar Leopoldina

Estação Leopoldina, desativada desde 2001, é um imóvel da União deteriorado. A Prefeitura planeja fazer um centro cultural e área residencial

12 de janeiro de 2024

Estação Leopoldina pode ser comprada pela Prefeitura, que espera resposta da União (foto: reprodução da TV Globo)

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A Prefeitura do Rio aguarda resposta do Governo Federal sobre sua proposta para compra do terreno e dos imóveis da Estação Leopoldina, entre a Região Portuária e São Cristóvão. A proposta, feita há um mês, prevê a restauração do prédio da estação e sua transformação em um centro cultural. No terreno de 124 mil metros quadrados, seriam construídos conjuntos residenciais, centro de convenções e a Cidade do Samba 2, que abrigaria as escolas do grupo de acesso. 

Há muitos anos, quem passa pela frente da Leopoldina vê um prédio abandonado, que já foi uma das principais estações ferroviárias do Brasil. Era de lá que partiam os trens que faziam a ligação entre o Rio e São Paulo, até serem desativados em 1998. Desde 2013, o Ministério Público Federal move uma ação para que o prédio seja restaurado pela Superintendência do Patrimônio da União (SPU).

Atualmente, há um projeto para obras aprovadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan), com previsão de serem realizadas até o fim deste ano. Se o Governo Federal aprovar a venda para a Prefeitura, as obrigações de restaurar e preservar a estação serão transferidas para o Município.

A proposta foi apresentada formalmente para a ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, em dezembro passado. O projeto da Prefeitura, que está em fase conceitual e pode sofrer alterações, tem o objetivo de transformar o terreno da Leopoldina em mais uma área para ocupação residencial, trazendo moradores para uma região da cidade que é pouco habitada. 

O passo seguinte à compra da Estação Leopoldina deve ser uma análise da Prefeitura, em conjunto com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para definir qual a melhor modelagem para a execução das obras e em que medida haverá a participação de empresas privadas. A ideia é definir orçamento e planejamento financeiro das obras, que podem ser feitas com recursos públicos, particulares ou em parceria entre as duas esferas. Se iniciadas em 2024, as obras levariam, no mínimo, dois anos para serem finalizadas.

 


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Leopoldina tinha trens para Minas e SP

A Estação Leopoldina, na avenida Francisco Bicalho, é um prédio construído em 1926. Foi chamada originalmente de Estação Barão de Mauá, em homenagem ao empresário Irineu Evangelista de Souza, barão do Império e pioneiro na implantação de ferrovias no Brasil. Dali partiam os trens para Petrópolis, Três Rios e cidades de Minas Gerais e São Paulo.

Em 2001, a SuperVia concentrou as operações ferroviárias na Estação Central do Brasil, e a Leopoldina foi desativada. Seu prédio passou a ser ocupado por órgãos públicos, até que em 2016 foi fechado.