Localizada no Complexo Logístico e Industrial de Macaé, no Norte Fluminense, a primeira usina termelétrica a explorar o gás natural do pré-sal começou a funcionar nesta quarta-feira, 22/11. A Marlim Azul deve operar integralmente durante os meses de novembro a abril, de forma a complementar a matriz energética brasileira.
É um investimento de R$2,5 bilhões da Arke Energia, consórcio formado pela Pátria Investimentos, Shell e Mitsubishi Power, e ganhou o primeiro leilão da Aneel pela licença de exploração do gás natural do pré-sal, o A-6, em 2017. A termelétrica de Macaé tem capacidade de fornecer energia para mais de 2,5 milhões de domicílios, e estreou no momento em que o país bate recordes de temperatura e demanda de energia.
A Pátria Investimentos tem mais da metade do empreendimento, enquanto a Shell e a Mitsubishi detém 29,9% e 20%, respectivamente. A produção da usina vai abastecer 22 estados, por meio de 25 distribuidoras. Uma parte residual da produção será comercializada pela Shell, no mercado livre de energia. Os planos eram para que a usina termelétrica de Macaé começasse a operar em janeiro deste ano, mas o impacto da pandemia nas obras atrasou a abertura.
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O gás natural é um combustível menos poluente do que o diesel, carvão mineral ou vegetal e, mesmo sendo de origem fóssil, é considerado uma alternativa mais ecológica para complementar matriz energética brasileira, baseada em hidrelétricas. A Marlim Azul, em Macaé, foi licenciada pelo Inea no dia 12 de julho. Além dela, outras dez usinas termelétricas aguardam aprovação, também do Ibama, para entrarem em leilões de energia da Aneel.
A termelétrica Marlim Azul vai funcionar durante 100% do tempo, no período mais seco do ano, e a expectativa é que funcione a metade disso no resto do ano. Tem capacidade de gerar 556 MW, e, se os planos de expansão forem concretizados, a Marlim Azul II e III podem gerar até 1,2GW, também em Macaé.