A aprovação do Reviver Centro 2, lei que amplia os incentivos para lançamentos residenciais na Região Central, foi elogiada por profissionais do mercado imobiliário, como Leonardo Mesquita, vice-presidente da Cury Construtora, e Claudio Hermolin, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon).
“O novo Centro do rio, atraindo moradores, terá um ambiente de lazer, moradia, cultura e negócios que vai fortalecer a cidade”, afirma Leonardo Mesquita, que considerou muito positivas as mudanças do Reviver Centro 2. Para ele, os incentivos da versão anterior da lei eram insuficientes para cobrir os custos dos retrofits dos prédios antigos da região, que não conta com grandes terrenos vazios para empreendimentos totalmente novos.
Já Claudio Hermolin acredita que em um ano ou ano e meio a nova lei já mostrará seus efeitos no Centro, com o lançamento de cerca de 2.000 novas unidades habitacionais. Segundo ele, pelas regras do Reviver Centro 1, foram lançadas 800 unidades, das quais 520 já foram vendidas. “A nova legislação é excelente para o desenvolvimento residencial do Centro”, afirma o presidente do Sinduscon.
Leonardo Mesquita está a frente dos empreendimentos da Cury Construtora na cidade, que nos últimos dois anos fez 6 lançamentos no Porto Maravilha e um no Centro, sendo este o primeiro prédio residencial na avenida Presidente Vargas nos últimos 70 anos. Todos eles são prédios novos, em terrenos desocupados.
Reviver Centro 2 aumenta bônus para obras nas Zonas Sul e Norte
Segundo o Sinduscon, o comprador típico dos imóveis no Centro busca facilidades como a vasta opção de transportes coletivos, como VLT, metrô, trens e ônibus. Além das várias opções de lazer, como museus, centros culturais, bares e restaurantes.
Claudio Hermolin diz que, dos imóveis já vendidos no Centro, 68% foram para famílias com renda de até dez salários mínimos (R$ 13.200). Desses, 15% moram em municípios da Baixada Fluminense, 37% em bairros da Zona Norte e 23% vivem em bairros da Zona Oeste.
Pelas novas regras do Reviver Centro 2, quem construir um residencial nas áreas beneficiadas pelo projeto receberá um bônus imobiliário, que poderá ser usado para empreendimentos nas zonas Norte e Sul da cidade. Essa bonificação vai de 60% a 150%. Ou seja, se for de 60%, o empreendedor que construir mil metros quadrados no Centro terá direito a construir 600 metros quadrados nas áreas receptoras. Pelas regras anteriores, esse bônus chegava a 40%.
LEIA TAMBÉM:
Porto Maravilha supera o Centro em obras residenciais
Maricá vai aos EUA, convidada pelo MIT
Pier Mauá agita a região portuária com grandes eventos