É tempo de trilhas na Serra dos Órgãos | Diário do Porto


Turismo

É tempo de trilhas na Serra dos Órgãos

Temperaturas mais amenas e menos chuvas abrem temporada de visitação na Serra dos Órgãos, com caminhadas leves ou aventuras radicais

13 de abril de 2023

Esforço das trilhas da Serra dos Órgãos é recompensado pela paisagem (iCMBio - Leandro Goulart)

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De vários pontos da cidade do Rio de Janeiro é possível avistar, em dias claros, uma das paisagens mais marcantes do Parque Nacional da Serra dos Órgãos. É o Pico do Dedo de Deus, com seus 1.692 metros de altura. Mas chegou a época mais adequada para ver de perto um dos melhores lugares do país para a prática de esportes de montanha ou só contemplar paisagens, com descanso entre cachoeiras e poços.  

Temperaturas mais baixas e menos instabilidade climática na Região Serrana explicam porque, de maio a outubro, os visitantes procuram mais o Parnaso, como é chamado o Parque Nacional da Serra dos Órgãos. Seus 20.024 hectares de área protegida se estendem por Teresópolis, Petrópolis, Magé e Guapimirim. A entrada é possível por três sedes, em Teresópolis, Petrópolis e Guapi. E a visita  vale a cada uma delas, por suas características distintas.

Entrada gratuita e depende de lotação

A entrada é gratuita, mas sujeita à lotação, de acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio), que administra o Parque Nacional da Serra dos Órgãos. Em Teresópolis e Guapimirim há estacionamento para 150 carros por dia. O turista pode obter informações bem detalhadas sobre as atividades, trilhas, poços no site do ICMbio. O instituto inclusive disponibiliza o download de mapas para o passeio em cada uma das três sedes.

 

O amanhecer no Parque da Serra dos Órgãos (ICMBio – Ernesto V Castro)

  

O Parnaso tem 200 quilômetros de trilhas, com a riqueza da fauna e flora da Mata Atlântica e vistas – e alturas – de tirar o fôlego. Há diferentes níveis de dificuldades, de trilhas leves aos desafiantes 30 quilômetros da Travessia Petrópolis-Teresópolis. Ela é feita em média em três dias pela parte alta das montanhas. São muitas subidas e descidas.

 


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O pernoite da travessia é em campings e abrigos e, nesse caso, há pagamento de taxas. A recomendação é que o turista procure os guias locais ou agências especializadas no Parque Nacional da Serra dos Órgãos. Isso porque a caminhada é considerada pesada, o que torna importante contar com quem conhece bem a região. 

Alguns dos principais atrativos da entrada por Teresópolis são bosques, poços, cachoeiras, as trilhas da Primavera, Mozart Catão. Pela sede de Guapimirim, o visitante acessa bosques, cachoeiras, os poços da Preguiça, Capela, Sossego, Ponte Velha e a Trilha Circular. Por Petrópolis, encontra bosques, cachoeiras, os poços Paraíso, Bromélia, Primatas, a Trilha do Morro do Açu. O pernoite é preciso agendar. 

 

O Poço da Preguiça é um dos mais bonitos da Serra dos Órgãos e é acessado por Guapimirim. Foto Divulgação ICMBio

Para um passeio tranquilo, seja pelas trilhas leves ou pesadas da Serra dos Órgãos, a recomendação é de que o visitante sempre fique atento às condições meteorológicas, roupas e proteção para o sol, frio, chuva e vento adequados. E jamais se arrisque saindo das trilhas sinalizadas. Pedir apoio a um guia local ajuda a  garantir a segurança e enriquecer o passeio de informação.