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A Noite é vendido para a Prefeitura do Rio

Edifício A Noite, na Praça Mauá, será comprado por R$ 28,9 milhões. Prefeito diz que quer melhorar qualidade de vida na Região Portuária

30 de março de 2023

Edifício A Noite, de 1929, será transformado em residencial, com lazer na cobertura (foto: Diário do Porto)

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Por R$ 28,9 milhões, o Edifício A Noite será comprado pela Prefeitura do Rio. O prefeito Eduardo Paes disse que a compra tem por “objetivo a melhoria da qualidade de vida dos atuais e futuros moradores, bem como a sustentabilidade ambiental e socioeconômica da Região Portuária, tendo, como parte de suas diretrizes e princípios, a valorização da paisagem urbana, o aproveitamento de espaços ociosos e o estímulo à renovação urbana e às atividades de geração de trabalho e renda da região”.

A decisão de Paes é o cumprimento de promessa que ele fez no ano passado, após o fracasso de várias tentativas do Governo Federal, proprietário do edifício, em encontrar um comprador para o A Noite. Ao longo dos últimos anos, houve propostas de interessados no negócio, mas nenhum chegou a apresentar as garantias finais para a compra.

O prédio, que está sem uso há dez anos, vinha se deteriorando, trazendo riscos para suas proximidades e comprometendo o sucesso do projeto Porto Maravilha, que Eduardo Paes iniciou ainda na sua primeira gestão como prefeito, em 2010.

A Noite foi a sede da Rádio Nacional

O prefeito disse que vai procurar um parceiro na iniciativa privada para restaurar o A Noite, que é um símbolo da arquitetura art decó carioca. Segundo Paes, o prédio é ideal para abrigar empreendimentos residenciais ou mistos com hotelaria. Construído em 1929, chegou a ser o mais alto da América Latina, e abrigou inicialmente escritórios, entre os quais os do jornal A Noite, de onde veio o seu nome popular. Oficialmente ele é chamado de Edifício Joseph Gire, em homenagem ao arquiteto que o projetou.

O A Noite tem 22 andares e 102 metros de altura. Embora vazio, tem custos de cerca de R$ 1 milhão por ano, para manutenção de elevadores, taxas, equipamentos de segurança e pagamento de brigadistas de incêndio.

O edifício durante muitos anos abrigou também a Rádio Nacional, o principal veículo de comunicação do país antes do surgimento da televisão.

texto atualizado em 2/4/23


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